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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Modelo 1200 (1957-1967)                                                                                                                           Pesos
  • Em ordem de marcha (kg): 1040;
  • Carga útil (kg): 810.

 Motor

  • Traseiro, refrigerado ar, boxer
  • Movido a gasolina
  • Cilindrada: 1192 cm³ (1,2l)
  • Potência líquida máxima cv - 36

 Desempenho

  • Aceleração de 0 a 100 km/h (s): ---
  • Velocidade máxima (km/h): 94

 Modelo 1500 (1967-1975)

Primeira carroceria nacional, segunda motorização

 Motor

  • Traseiro, refrigerado ar, boxer
  • Movido a gasolina
  • Cilindrada: (1,5l)
  • Potência líquida máxima cv – 52

 Desempenho

  • Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 21
  • Velocidade máxima (km/h): 100

 Dimensões externas

  • Comprimento (mm) 4289
  • Distância entre eixos (mm) 2400;
  • Largura (mm) 1746/1937mm com caçamba
  • Altura (mm) 1909/1884mm com caçamba

 Pesos

  • Em ordem de marcha (kg):
  • Standard: 1110
  • Luxo: 1140
  • Standard 6 portas: 1130
  • Luxo 6 portas: 1200
  • Furgão: 1000
  • Camioneta de carga (caçamba): 1140
  • Carga útil máxima (kg):
  • Standard: 960 (1000 retirando os bancos traseiros)
  • Luxo: 930
  • Standard 6 portas: 940
  • Luxo 6 portas: 650
  • Furgão: 1070
  • Camioneta de carga (caçamba): 930

 Modelo 1600 (1976-1996)

Primeira reestilização, terceira motorização

 Motor

  • Traseiro, refrigerado ar, boxer
  • Movido a gasolina (1976-2005)
  • Cilindrada: (1,6l)
  • Potência líquida máxima cv – 58

 Desempenho

  • Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 22,7 / 19,0(na versão álcool)
  • Velocidade máxima (km/h): 125

 Motor diesel

Primeira reestilização, motor alternativo
Traseiro, refrigerado a água, em linha
  • Movido a Diesel (1981-1985)
  • Cilindrada: (1,6l)
  • Potência líquida máxima cv – 50

 Desempenho

  • Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 30,26s
  • Velocidade máxima (km/h): 111,3
  • Consumo médio (km/l): 16,95

 Modelo 1600a (1997-2005)

Segunda reestilização, terceira motorização

 Motor

  • Traseiro, refrigerado ar, boxer
  • Movido a gasolina (1976-2005)
  • Cilindrada: (1,6l)
  • Potência líquida máxima cv – 65
Mostrada no Salão do Automóvel de São Paulo de 1996, esta Kombi Carat exibia as modificações previstas para toda a linha Kombi 97, entre elas o teto mais alto e a porta lateral corrediça. Além disso, essa versão Carat, desenvolvida para fazer frente às vans coreanas que invadiam o mercado na época, trazia um acabamento mais elaborado e um motor AP 1.8 refrigerado à água, montado na traseira. Meses mais tarde a versão Carat fez-se disponível no mercado, porém ainda movida pelo velho motor boxer 1600 refrigerado a ar.

Desempenho

  • Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 22,7 / 19,0(na versão álcool)
  • Velocidade máxima (km/h): 120 (no gás natural)

 Modelo 1,4L (2006-presente)

Segunda reestilização, quarta motorização
Modelo 2006, novo motor 1,4l Flex
Modelo 2006, novo painel de instrumentos

 Dimensões externas

  • Comprimento (mm) 4505;
  • Distância entre eixos (mm) 2400;
  • Largura (mm) 1720;
  • Altura (mm) 2050.

Compartimento de carga

  • Volume (módulos VDA) (litros):
  • Até nível do encosto traseiro - 1405;
  • Até nível do encosto dianteiro - 2880;
  • Atrás do banco dianteiro até o teto - 4806.

 Pesos

  • Em ordem de marcha (kg): 1297;
  • Carga útil máxima (kg): 1000.

 Motor

  • Traseiro, refrigerado a água (EA 111), movido a álcool, gasolina ou ambos em qualquer proporção (Flex)
  • Cilindrada: 1390 cm³ (1,4l)
  • Potência líquida máxima (Kw(cv)/rpm) G - 57 (78) / 4800, A - 59 (80) / 4800
  • Torque líquido máximo (kgfm/rpm) G - 123 (12,5) / 3500, A - 125 (12,7) / 3500

 Desempenho

  • Aceleração de 0 a 100 km/h (s): G - 22.7, A - 19.8
  • Velocidade máxima (km/h): 131

BREVE HISTÓRIA NO BRASIL

  • 1950: Ano de seu lançamento na Alemanha e inicio das vendas no Brasil, importada pelo Grupo Brasmotor (proprietario da marca Brastemp).

  • 1953: Início da montagem no Brasil, com as peças importadas (o chamado "sistema CKD", "Completely Knocked Down) ainda pelo Grupo Brasmotor.

  • 1957: Inicio da produção no Brasil pela Volkswagen no dia 2 de setembro, com nacionalização de peças e motor 1200cc.

  • 1967: Motor 1500cc

  • 1976: Primeira reestilização, motor 1600cc. Inicialmente a Volks pretendia fazer a reestilização completa, deixando a Kombi nacional com a porta corrediça e as três janelas grandes e cada lado, mas, aparentemente para cortar custos, a fábrica escolheu combinar a frente (com as portas dianteiras) e a traseira (apenas as lanternas) do modelo internacional com a carroceria do modelo nacional, de 12 janelas laterais, tornando assim a carroceria do modelo fabricado de 1976 a 1996 uma exclusividade brasileira.

  • 1981: Início das vendas do modelo com motor Diesel, refrigerado a água e radiador dianteiro. Utilizava o motor Diesel 1,5l que equipava o Passat exportação. Em 1981 os piscas traseiros voltam a ser na cor âmbar (eram vermelhos de 1976 a 1980).

  • 1982: Lançamento da pick-up Kombi com cabine-dupla.

  • 1983: A Kombi ganha freios a disco na dianteira, que são mais eficientes, e consequentemente ganha novas rodas (tendo os seus cinco furos de fixação mais próximos uns dos outros e novas calotas de perfil mais plano) para melhorar a ventilação desse novo sistema de freio.

  • 1997: Segunda reestilização, porta lateral corrediça e injeção eletrônica. Finalmente o modelo ganhava porta corrediça e carroceria semelhante aquela conhecida no resto do mundo, embora o teto elevado em 11 cm seja único do modelo brasileiro.

  • 2000: Último ano de fabricação da versão pick-up.

  • 2006: Novo Motor 1400, refrigerado a água, nova grade dianteira para o radiador e novo painel.

  • 2009: As mudanças são discretas. Há a adoção do "brake-light" (terceira luz de freio) de série na extremidade do teto, e nova grade dianteira levemente reestilizada com novas aletas para refrigeração.
  • CONTROVÉRSIAS

    A Kombi é produzida no Brasil da mesma forma há cinquenta anos. Embora isso demonstre a viabilidade do projeto original, tal sobrevida se deve muito mais à peculiaridade da economia e sociedade brasileiras, onde um anacrônico modelo divide as ruas (e o mercado) com modelos muito mais modernos.
    Certas falhas de projeto persistiram por anos a fio. Alguns eram meros detalhes, como o trinco da porta dupla lateral que exigia um proprietário habilidoso e acostumado para ser fechado; e a ventilação, com tomada de ar frontal sob o para-brisa (aquela um tanto enigmática faixa preta entre as setas da Kombi) e saída no teto da cabine, que deixava água entrar junto com o ar. Outras falhas de projeto, entretanto, eram gravíssimas, como a mangueira da gasolina passando por cima do distribuidor, o que levava a incêndios frequentes. Uma falha perigosa como essa persistiu por cinquenta anos, sendo corrigida apenas em 2006.
    Embora sua robustez e confiabilidade não encontrem adversários a altura, a idade do projeto começa a pesar, seja no tamanho (grande e ultrapassada demais par competir com minivans, pequena demais para competir com as vans atuais), seja no design (a nova grade dianteira do radiador, embora encontre alguma aceitação, certamente demonstra não se harmonizar com o conjunto), ou seja sobretudo na segurança (uma simples olhada na cabine do motorista já preocupa passageiros acostumados com carros mais modernos). Embora altamente popular, o que o futuro reserva para o projeto em sua configuração atual é terreno para muita especulação, mas em função da obrigatoriedade de crash-test a partir de 2012 é provável que o modelo saia de linha.

    MODELOS

    Na Europa (e na maior parte do mundo) a Kombi (conhecida como "Transporter", "Type 2", "Kombi" ou mesmo "Combi") foi produzida em sua forma tradicional até final dos anos 1970, quando deu lugar a um utilitário de tração dianteira e motor refrigerado a água, que chegou a ser importado para o Brasil sob os nomes "Eurovan" e "Transporter". Curiosamente, foi o único modelo derivado do Fusca a evoluir além do motor boxer refrigerado a ar (isso excluindo o VW Gol, que possuía apenas o motor em comum). Em Portugal recebeu o nome carinhoso de "Pão de forma".
    Da versão brasileira, entretanto, não se pode dizer o mesmo. A carroceria se manteve basicamente a mesma do modelo original, sendo que a versão vendida entre 1976 e 1996 era uma amálgama entre as "gerações" 1 e 2 da Kombi alemã, única no mundo (como basicamente toda a linha "a ar" da Volkswagen do Brasil). A versão pós 97 na verdade é praticamente o mesmo modelo produzido na Alemanha entre 1972 e 1979 (T2b, Clipper), com porta lateral corrediça, tampa do porta malas mais larga, redução do número de janelas laterais para três em cada lado, além de teto mais elevado, única alteração verdadeiramente "original" feita nessa ocasião.
    Em dezembro de 2005 ocorreu a mais recente modificação implementada pela marca, com adoção de motorização refrigerada a água e painel semelhante aos automóveis "de entrada" da marca (Gol e Fox). A mudança de motorização, para se adequar aos novos padrões brasileiros de emissões, selou, de forma discreta, o fim do motor boxer refrigerado a ar, que impulsionou vários Volkswagen durante mais de setenta anos.

    TIPOS DE CARROCERIAS

    A Kombi está (ou já esteve) disponível no Brasil como:
    A versão Standard veio para o Brasil inicialmente com a designação Kombi - do alemão Kombinationsfahrzeug, refletindo a natureza multiuso desta versão em particular, que poderia ser utilizada como veículo de carga (sem os bancos) ou de passageiros/família (com os bancos). Posteriormente o nome acabou servindo para designar toda a linha no Brasil.
    Durante a produção no Brasil, a versão Standard apresentou várias configurações, como a atual "Escolar" para doze passageiros, ou Luxo, apresentada nos anos 1950 e 60 como transporte para famílias; este nicho de mercado é hoje ocupado pelas "mini-vans" tais como a GM Zafira e Renault Scenic. Mais recentemente, o tipo "Standard" ganhou o modelo "Lotação", logo após a legalização do uso deste tipo de veículo para transporte público.
    A versão "Safari" era uma versão "casa móvel" produzida pela Karmann, baseada no modelo Pick-Up.
    Um modelo Diesel chegou a ser produzido no Brasil. Utilizava o motor do Passat para exportação (carros de passeio não podem ter motores Diesel no mercado interno), com cilindrada alterada para 1600cc, e um nada discreto radiador montado na dianteira. Aparentemente o radiador não foi bem dimensionado para o layout ou para o tipo de motor, pois o modelo não agradou nas vendas justamente por superaquecer, dentre outros problemas.
    Todas as versões representadas acima estiveram disponíveis com todas as versões de carroceria - exceto a versão Pick-up, que saiu de linha em 2000, sem jamais terem passado pela segunda reestilização ou terem ganho o motor 1.400cc refrigerado à água, restando apenas as versões standard e furgão.
    Em uma interessante ironia, detalhes legais não permitem mais o tipo de uso combinado que deu nome ao carro no Brasil - o motorista não pode mais carregar carga num modelo de passeio retirando os bancos, e nem carregar pessoas num modelo de carga.
    Além das versões acima, existiram as versões com 15 janelas (veja mais abaixo) e uma versão "Táxi" produzida a partir de 1967, somente no Brasil, com seis portas, todas elas abrindo para a frente do veículo.

    HISTÓRIA

    O nome Kombi vem do alemão Kombinationsfahrzeug que quer dizer "veículo combinado" (ou "veículo multi-uso", em uma tradução mais livre). O conceito por trás da Kombi surgiu no final dos anos 1940, idéia do importador holandês Ben Pon, que anotou em sua agenda desenhos de um tipo de veículo inédito até então, baseando-se em uma perua feita sobre o chassi do Fusca. Os primeiros protótipos tinham aerodinâmica terrível, porém retrabalhos na Faculdade Técnica de Braunschweig deram ao carro, apesar de sua forma pouco convencional, uma aerodinâmica melhor que a dos protótipos iniciais com frente reta. Testes então se sucederam com a nova carroceria montada diretamente sobre a plataforma do Fusca, porém, devido a fragilidade do carro resultante, uma nova base foi desenhada para o utilitário, baseada no conceito de chassi monobloco. Finalmente, após três anos passados desde o primeiro desenho, o carro ganhava as ruas em 8 de março de 1950.
    O grupo Brasmotor passou a montar o carro no Brasil em 1953 e a partir do dia 2 de setembro de 1957 sua fabricação - o que faz do veículo o primeiro Volkswagen fabricado no Brasil, e o que esta há mais tempo em produção. O Brasil é o único lugar no mundo onde o modelo ainda é produzido.

    VOLKSWAGEN KOMBI

    A Kombi é um automóvel utilitário produzido pela Volkswagen. É considerada a precursora das vans de passageiros e carga.
    Sua construção robusta monobloco (sem chassi), suspensão independente com barras de torção, além da exótica posição do motorista no carro (sobre o eixo dianteiro e com uma coluna de direção praticamente horizontal), o tornam um veículo simples e robusto, de baixo custo de manutenção. Sua motorização é um caso a parte: embora os modelos mais recentes possuam motores mais modernos, durante 50 anos o motor que equipou o veículo no Brasil foi o tradicional "boxer" refrigerado a ar, simples e muito resistente. Tal durabilidade geralmente superava em muito a do resto do carro, sendo comum nas ruas brasileiras ver carros totalmente destroçados, porém com o motor rodando perfeitamente. A despeito disso, a Kombi é um carro que, se usado dentro das especificações padrão, pode durar um longo período.